De acordo com o IBGE, no Brasil há 242 milhões smartphones ativos – enquanto a população é de cerca de 215 milhões, o que significaria mais de um aparelho por pessoa.

Assim, naturalmente, criminosos e golpistas vão buscar em toda essa tecnologia oportunidades para tirar vantagem. Você com certeza já ouviu falar em clonagem de celular, certo?

Pensando nisso, elaboramos este post para te explicar tudinho sobre o assunto e trazer dicas para proteger o celular de acessos indesejados. Continue acompanhando!

 

Antes de mais nada, é necessário dizer que se costuma chamar tudo de clonagem, mas, na realidade, há dois tipos: a clonagem da linha telefônica e a clonagem de aplicativos, como o WhatsApp.

As duas coisas funcionam de maneira diferente, então vamos destrinchar um pouco mais cada uma abaixo.

 

Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a clonagem da linha telefônica é o que acontece quando o criminoso consegue reprogramar a transmissão do código do aparelho que está sendo usado e do assinante habilitado.

Isso significa que o criminoso consegue usar a sua linha telefônica para fazer chamadas, mas é para você que a conta chega, uma vez que a linha está no seu nome.

Isso acontece porque cada smartphone tem uma combinação exclusiva de código do aparelho e do assinante. Essa combinação de códigos precisa ser enviada para autenticação via rede, para que o aparelho funcione e possa fazer chamadas.

Assim, os criminosos usam scanners de frequência para tentar interceptar essa comunicação entre o seu aparelho e a rede de telefonia para reprogramar a transmissão dos códigos. Com isso, o mesmo conjunto de códigos fica habilitado em outro aparelho.

No entanto, a operadora não consegue distinguir que há dois smartphones usando o mesmo conjunto de códigos, interpretando como se houvesse apenas um – e, por isso, você paga a conta no final.

 

A clonagem de app é o que acontece quando alguém tem acesso ao seu aplicativo de mensagens – e é um golpe bastante comum no WhatsApp – e se comunica com seus contatos, passando-se por você.

A partir daí, todo tipo de golpes pode acontecer: o criminoso, fingindo ser um filho com alguma necessidade urgente, manda mensagem para a mãe e pede dinheiro, por exemplo.

De maneira geral, o golpista consegue o acesso ao app ao te induzir ao erro, uma vez que é necessário fornecer informações para que ele consiga acessar a sua conta.

É bastante comum tentarem aplicar o golpe via SMS, oferecendo uma oportunidade de brilhar os olhos – uma promoção incrível, um sorteio – ou mesmo se passando pela própria operadora, com o discurso de ser uma verificação de segurança.

Com isso, pedem a confirmação de um código de segurança – que você recebe sempre quando tenta cadastrar o seu app de mensagens em outro aparelho – e, por ter confiado no discurso do golpista ou mesmo estar distraído, você acaba repassando.

De posse do código, os criminosos conseguem acessar a sua conta e se passar por você para fazer todo tipo de pedidos a seus contatos.

 

Agora que você já conhece a diferença entre os dois tipos de golpe, veja as dicas para manter seu smartphone sempre seguro.

 

É difícil falar em privacidade quando estamos vivendo o ápice do compartilhamento de informações através da internet – ao postar fotos, stories, tweets, estamos compartilhando informações que nem imaginamos que podem ser usadas contra nós.

Exatamente por isso, diversos países do mundo têm procurado determinar regras através de leis de proteção de dados. No Brasil, ela é conhecida como LGPD.

Aqui, a principal dica é: evite a qualquer custo compartilhar informações pessoais, sobretudo com quem você não conhece.

 

Justamente porque nossas informações estão espalhadas pela internet, é muito fácil receber spam – aquele monte de informação irritante que tem o objetivo de te convencer a comprar alguma coisa.

No entanto, apesar de grande parte dessas comunicações serem inofensivas, há quem se aproveite para aplicar golpes. Assim, tome cuidado e desconfie de ofertas muito interessantes, especialmente se o pedido for para você enviar alguma informação como resposta ou clicar em algum link.

 

Hoje em dia, a maior parte dos apps e sites conta com possibilidades de acesso com verificação de duas etapas, o que significa que, caso alguém tente acessar a sua conta, precisará de mais informações – um código recebido por e-mail ou SMS, por exemplo, ou mesmo responder a perguntas de segurança que apenas você sabe a resposta.

 

Sabemos que o momento de criar senhas é sempre complicado, pois nossa memória funciona por associação e, assim, tendemos a escolher como senha algo que seja fácil de lembrar, certo? Como datas de aniversários, nomes de filhos ou animais de estimação.

Mas, como falamos na primeira dica, estamos compartilhando todas essas informações nas redes sociais – uma foto da comemoração do aniversário na data específica, um vídeo falando o nome do cachorro.

Assim, busque senhas longas, que misturem letras maiúsculas e minúsculas, números, caracteres especiais e fuja de associações óbvias e sequências.

Se quiser turbinar a sua segurança, não tenha a mesma senha para todas as contas e lembre-se de trocar todas as senhas com frequência.

 

Lembre-se de que criminosos e golpistas se aproveitam da oportunidade. Assim, evite criar cenários em que isso seja facilitado a eles.

Mantenha o smartphone sempre bloqueado, com uma senha forte, e esteja sempre atento quando estiver usando o celular – caso alguém passe rapidamente e pegue o seu aparelho desbloqueado, grande parte do trabalho já estará feito, concorda?

 

O golpe de clonagem de linha é mais fácil quando os smartphones estão usando o modo roaming, isto é, aquele modo analógico, que é ativado quando você está fora da área de cobertura da operadora.

Assim, caso não seja necessário, mantenha o aparelho fora do modo roaming e, assim, você já reduz as chances de ter a sua linha telefônica clonada.

 

Também é essencial ter muito cuidado com as informações que você compartilha e os apps que acessa quando está usando uma rede de internet pública, como o Wi-Fi gratuito de alguma área da sua cidade ou de uma biblioteca, restaurante ou loja.

Essas redes costumam ser mais vulneráveis e, caso haja algum criminoso à espreita, conseguirá informações suas muito facilmente. Assim, caso precise acessar informações sensíveis, prefira usar os seus dados móveis ou espere até chegar a uma rede de internet confiável.

Ufa, chegamos ao fim do post! Apesar de ser um assunto um pouco tenso, você pôde perceber que as dicas para proteger o celular são fáceis de colocar em prática.

Mudando um pouquinho a forma como você age com o seu smartphone, você garante uma tranquilidade muito maior e minimiza bastante a chance de ser alvo de golpes ou criminosos.

Continue acompanhando o blog do PB Consignado, pois traremos muitas dicas de segurança para você!