Com a pandemia de covid-19 e as crises políticas e econômicas que o Brasil vem vivenciando nos últimos anos, ter dívidas atrasadas se tornou ainda mais comum entre a população.

E além de afetar diretamente a saúde financeira das pessoas, a preocupação com as contas tem sido motivo de problemas para a saúde física dos brasileiros.

Segundo a pesquisa Raio-X dos Brasileiros em Situação de Inadimplência de 2022, 79% dos lares brasileiros possuem dívidas e 30% têm alguma dívida atrasada, e o país atingiu em agosto do ano passado o maior patamar de famílias endividadas da última década.

Se você pensou que esse é um cenário de tirar o sono, está mais do que certo, pois uma das consequências diretas da preocupação com as contas, relatadas pelos entrevistados, é a dificuldade para dormir.

Outras áreas da vida pessoal e social afetadas são a alimentação, autoestima e até mesmo as relações conjugais, uma vez que as dívidas geram uma percepção negativa da vida em geral – quanto mais dívidas a pessoa tem, menor é a convicção de que as coisas podem melhorar.

Além dessas informações, o estudo ainda traz muitos outros dados alarmantes sobre a inadimplência no país. Dos 1.020 entrevistados, maiores de 18 anos, apenas 25% tinham certeza de que conseguiriam pagar suas dívidas e 60% afirmaram ter atrasado uma conta para pagar outra mais urgente nos 12 meses anteriores à pesquisa.

Quando questionadas sobre como pretendiam economizar para pagar as contas, mais da metade das pessoas respondeu que iria diminuir o consumo de determinados produtos e serviços.

A pesquisa ainda aponta outros dados muito relevantes, tanto para os consumidores quanto para empresas. Por exemplo, 65% dos entrevistados preferem pagar suas dívidas diretamente com a empresa para a qual estão devendo.

Sendo assim, uma estratégia para lidar com a inadimplência por parte das credoras seria contatar os devedores em vez de terceirizar o trabalho para uma empresa de cobranças, já que apenas 9% da população prefere essa abordagem.

Por fim, o estudo também desmistifica a imagem negativa que os brasileiros criaram de si mesmos em relação ao trabalho – muitas vezes, no senso comum, as pessoas consideram que quem não está bem financeiramente é preguiçoso ou não tem força de vontade.

Mas a pesquisa mostra que grande parte dos endividados valoriza a educação como uma maneira de melhorar suas finanças. Nesse sentido, 45% das pessoas acreditam que a educação financeira impactaria muito suas finanças e 44% creem que teriam melhores chances caso tivessem oportunidade de fazer mais cursos e capacitações em geral.

Por fim, algo positivo que também se pode tirar da pesquisa é que os brasileiros, no geral, são bastante otimistas quando comparam sua situação atual com o que viveram no passado. Mais da metade dos entrevistados alega que a vida hoje é melhor do que há 10 anos.

Considerando tudo isso, podemos concluir que, em meio ao cenário econômico instável pelo qual o país está passando, o melhor mesmo é fugir das dívidas. Mas sabemos que nem sempre é fácil se manter no azul nesse contexto.

Para isso, em alguns casos, uma boa opção é negociar as dívidas e buscar maneiras de quitá-las pagando juros menores. Uma ótima forma de conseguir isso é contratando um empréstimo consignado, já que é a modalidade com as menores taxas de juros do Brasil e também a mais segura.

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