Em 15 abril de 2024 teve início a greve das universidades federais, envolvendo professores e técnicos-administrativos de universidades públicas e institutos federais de educação.
Após durar mais de 60 dias, em que as instituições interromperam aulas e serviços administrativos para reivindicar melhores salários e recomposição do orçamento dos centros de ensino, o fim da greve se deu no final de junho.
Continue conosco nesta leitura para saber mais detalhes sobre a greve das universidades federais em 2024 e o que foi alcançado após o seu fim.
Embora seja um discurso comum dizer que a educação é um dos caminhos mais importantes para o desenvolvimento de um país, sabemos que o Brasil passa reiteradamente por problemas relacionados à desvalorização dos professores e funcionários das instituições de ensino, bem como o sucateamento geral da educação e de más condições de trabalho.
Com isso, as greve são comuns de tempos em tempos, a fim de buscar melhorias para esses trabalhadores e, consequentemente, para os alunos e para a educação pública do país.
Na greve das universidades e institutos federais de 2024, tanto os professores como os funcionários técnico-administrativos pediram reajuste salarial e mudanças orçamentárias para as instituições de ensino federal, e melhorias em relação à carga horária e reestruturação de carreiras.
Ao todo, mais de 60 instituições federais aderiram à greve, tornando-se uma das mais expressivas entre docentes e técnicos em prol das condições de trabalho nas instituições de ensino públicas.
Após idas e vindas, o acordo para o fim da greve foi oficializado no dia 27 de junho, entre o governo, representado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), e as entidades representantes dos trabalhadores: o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica.
Os professores reivindicavam um reajuste salarial ainda para o ano de 2024, mas a proposta final do governo, que acabou sendo aceita, foi de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, além de reestruturação na progressão de carreira dos docentes.
Já para os funcionários técnico-administrativos, a proposta é de aumento de 31,2% em quatro anos e ganhos em progressão de carreira, aumentando de 3,9% para 4% em janeiro de 2025 e para 4,1% em abril de 2026.
Com o fim da greve, a maior parte das instituições retomaram as aulas na última semana de junho e cada uma delas definirá um novo calendário para cumprir a carga-horária obrigatória anual, com possibilidade de cancelamento das férias de junho, extensão das aulas no final do ano, entre outras medidas.
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